terça-feira, março 27, 2007

Dilema difícil de ultrapassar

A aquicultura (ou aquacultura) apresenta-se como alternativa à exploração dos recursos marinhos para além das suas capacidades, contribuindo de forma crescente para a satisfação das necessidades alimentares de uma população mundial em constante crescimento. Mas qual o seu impacto nos ecossistemas? Não estaremos apenas perante mais uma forma de pressão sobre os recursos naturais, motivada apenas pelas regras de mercado?





Vejamos, a título de exemplo, o caso da cultura de salmão e as consequências para as zonas de instalação das explorações piscícolas:

- Poluição química e orgânica das áreas envolventes.
- Utilização de antibióticos, pesticidas e fungicidas, originando contaminação de habitats.
- Fugas de espécimes invasores, pondo em causa o equilíbrio biológico dos ecossistemas.
- Captura de outras espécies de peixes para alimentação das colónias piscícolas.



Ainda há peixe no mar?

A procura de alimentos marinhos subiu exponencialmente nas últimas décadas, fruto do crescimento demográfico e do aumento do consumo per capita, tendo nos finais dos anos oitenta do século passado, sido atingido um nível máximo de captura absolutamente insustentável para a capacidade de regeneração dos ecossistemas.
Durante muito tempo, demasiado até, havia a convicção generalizada da inesgotabilidade dos recursos dos mares e oceanos.
Actualmente assiste-se à iminência de colapso, a nível global, de uma das principais fontes de alimentação da humanidade.

No decurso de algumas pesquisas encontrei elementos que permitem uma pequena discussão em torno da sobrepesca nos Açores, tais como a localização geográfica, as artes de pesca e a faina artesanal.

Descobri também que o nosso país é pioneiro no estudo da relação entre a actividade da pesca e os recursos naturais, nomeadamente através da vida e obra de Alfredo Magalhães Ramalho, que inicia a abordagem científica dos problemas das pescas em Portugal.



Que peixe é este?

Vou dar-vos uma pista: é com as suas ovas que se faz o caviar!
Passa a maior parte de sua vida no mar mas reproduz-se em água doce.
Até há poucas décadas era possível vê-lo nos principais rios portugueses.
Globalmente é considerado Criticamente em Perigo, restando poucas populações viáveis.
As principais ameaças a esta espécie residem na construção de barragens, alteração dos caudais, poluição e sobrepesca.






O seu desaparecimento implica a perda de um património biológico com mais de 100 milhões de anos.

terça-feira, março 06, 2007

Será coincidência?

Este primeiro gráfico mostra-nos a evolução da economia mundial, nota-se claramente o arranque da Revolução Industrial e as convulsões da primeira metade do séc XX.




No segundo gráfico é patente o salto exponencial que é dado no crescimento da população mundial na segunda metade do séc. XX.


O terceiro gráfico mostra-nos a tendência evolutiva da extinção das espécies.

segunda-feira, março 05, 2007

Lince Ibérico e Efeito Cascata

A propósito das ameaças à biodiversidade lembrei-me do lince ibérico.
Encontrei algumas fotos e uma página muito interessante do CARNIVORA - Núcleo de Estudos de carnívoros e Seus Ecossistemas (vá até lá dar uma espreitadela!).







No seguimento das minhas pesquisas deparei com um texto no portal Naturlink, do qual apresento um excerto, e que nos remete para as relações de dependência que se estabelecem num ecossistema.

"Certas espécies desempenham um papel fulcral nos ecossistemas, e mesmo que se discuta que não têm mais valor do que outras, a perda de uma delas leva à perda de outras, criando um efeito cascata na perda da biodiversidade."

sexta-feira, março 02, 2007

Na Pista Ho Chi Minh




Durante a guerra do Vietname a Pista Ho Chi Minh foi utilizada como rota de abastecimento pela guerrilha que combatia as forças americanas, tendo sido, ao longo do extenso conflito, uma área extremamente martirizada pelos combates, nomeadamente através de bombardeamentos aéreos.





Verificaram-se enormes repercussões em termos ambientais, mas agora uma réstia de esperança começa a despontar!

A Wildlife Conservation Society, de Nova Iorque, está a proceder a um trabalho de conservação, em parceria com as autoridades locais, numa zona da pista em território cambojano. Já é possível voltar a observar tigres, elefantes, primatas e muitas outras espécies numa área onde, durante muito tempo, só existiu devastação.

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